Luana Silva brilha em Saquarema e garante o Brasil no pódio da WSL

A praia de Itaúna, em Saquarema, foi palco de muita emoção e adrenalina com a final do Vivo Rio Pro, etapa brasileira da WSL (World Surf League). E quem fez bonito foi Luana Silva, que conquistou o vice-campeonato e colocou o Brasil de volta no pódio feminino após anos de jejum.

Aos 20 anos, a havaiana-brasileira mostrou garra, foco e um surfe poderoso ao longo da competição, superando nomes gigantes como Tyler Wright, Caitlin Simmers e Caroline Marks. A torcida foi à loucura a cada manobra. Só que, na grande final, a australiana Molly Picklum levou a melhor com um somatório maior que a de Luana. Mesmo assim, foi uma performance de respeito.

WSL e o renascimento do surfe feminino brasileiro

A expectativa estava nas alturas. Não é todo dia que o Brasil tem uma representante na final em casa. Luana chegou com a alma leve e a pranchinha afiada, pronta pra fazer história. Desde Andrea Lopes, campeã em 1999, nenhuma outra brasileira havia alcançado o topo do pódio em uma etapa nacional da WSL.

A final começou em um mar mais fraco, o que levou a organização a estender o tempo da bateria. A primeira onda de Molly, um 6,83, já mostrou que ela vinha pra briga. Luana demorou a encontrar as melhores ondas e, quando entrou na disputa, marcou 6,63 e ameaçou virar. Mas precisava de uma nota 8,37 que não veio.

Apesar do vice, a performance de Luana foi consistente, carismática e corajosa. Com esse resultado, ela sobe no ranking da WSL e mira o top 5, o que pode garantir vaga na final do circuito, em Fiji, em agosto.

E vale lembrar: essa é apenas a segunda final dela na temporada! Em janeiro, Luana já havia conquistado o título mundial júnior nas Filipinas e, de lá pra cá, vem brilhando cada vez mais. Hoje, é a única brasileira na elite da WSL após o afastamento de Tatiana Weston-Webb, que participou da etapa de Saquarema como convidada.

Saquarema, energia solar e o futuro do surfe no Brasil

Se tem um lugar que vibra junto com o surfe é Saquarema. A cidade se transformou em um verdadeiro festival de ondas, cultura, sol e torcida animada. Mesmo com o vice, Luana foi recebida como heroína pelo público. Um momento alto mar total: leveza, conexão com a natureza e adrenalina em alta.

No masculino, o Brasil também mostrou força, mas acabou parando nas semifinais. Miguel Pupo foi o último a cair, eliminado por Cole Houshmand (EUA), que acabou vencendo a etapa. Antes disso, Miguel havia superado Filipe Toledo e Yago Dora, dois nomes fortes da seleção brasileira.

Italo Ferreira, outro favorito da torcida, foi eliminado nas quartas de final por Ethan Ewing (AUS). Apesar das eliminações, o Brasil segue com nomes de peso e jovens talentos surgindo a cada temporada.

Com o fim da etapa em Saquarema, o foco agora vai para Fiji, palco da decisão feminina da WSL. Luana está mais do que viva na briga. E se depender da torcida brasileira e da energia que vem do mar, o topo do mundo pode estar logo ali.

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