Yago Dora faz história em Fiji e conquista o título mundial da WSL pela 1ª vez

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O Brasil tem um novo campeão mundial de surfe! Aos 29 anos, Yago Dora escreveu seu nome na história ao vencer o WSL Finals 2025, em Cloudbreak, Fiji. Dono da lycra amarela, símbolo do líder da temporada, o catarinense precisava de apenas uma vitória para erguer a taça — e conseguiu com autoridade, superando o norte-americano Griffin Colapinto por 15.66 a 12.33.

Com isso, Yago se torna o quinto brasileiro a conquistar o mundo, somando-se a Gabriel Medina, Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo. O feito também amplia a hegemonia do país: são oito títulos em 11 anos, uma supremacia que transforma a chamada “Brazilian Storm” em um verdadeiro legado.

A bateria que valeu um título

O mar em Cloudbreak entregou condições clássicas para a decisão. Logo no início, Griffin largou na frente com um 5.17, mas Yago respondeu com uma esquerda poderosa avaliada em 7.33. A tensão só aumentava.

Na metade da bateria, o norte-americano retomou a liderança com um 6.33, levando a disputa para os minutos finais. Foi então que Yago mostrou sangue frio e talento: pegou sua melhor onda, encaixou manobras sólidas e arrancou um 8.33 dos juízes.

Com isso, pulou para a liderança com 15.66 de somatório, deixando Griffin precisando de um 9.33 para virar. A pressão pesou, e a onda salvadora nunca veio. Quando soou a buzina final, o novo campeão mundial era brasileiro.

Emoção em Fiji

Assim que saiu da água, Yago Dora se jogou nos braços da família e da namorada, que assistiam de uma embarcação ao lado do pico.

“É inacreditável para mim. Desde que cheguei em Fiji senti uma energia diferente. Sempre acreditei nesse título. Estou muito feliz em trazer mais esse troféu para o Brasil. Obrigado a todos que estiveram comigo nessa caminhada”, disse o emocionado campeão.

A cena coroou uma temporada de superação, com vitórias marcantes em Portugal e Trestles e consistência que o levou ao topo do ranking.

Ítalo para nas semifinais

Além de Yago, o Brasil também esteve representado por Ítalo Ferreira, campeão mundial em 2019 e ouro olímpico em Tóquio. O potiguar parou justamente diante de Griffin Colapinto na segunda rodada, encerrando o ano na quarta posição do ranking.

Mesmo sem repetir a conquista, Ítalo reforça a força do surfe brasileiro no cenário internacional, sendo sempre um adversário temido em ondas pesadas.

No feminino, título para a Austrália

No lado das mulheres, o troféu ficou com a australiana Molly Picklum, que virou a série contra a americana Caroline Marks. Após perder a primeira bateria, Molly venceu as duas seguintes e comemorou o título inédito com um surfe consistente e agressivo.

O Brasil segue dominante

De 2014 até hoje, apenas John John Florence conseguiu quebrar a sequência brasileira — campeão em 2016, 2017 e 2023. Fora isso, o troféu sempre veio para nossas mãos.

Agora, com Yago Dora no topo, a nova geração do surfe brasileiro prova que a “Brazilian Storm” ainda está longe de passar. Mais do que talento, é uma cultura de paixão pelo mar que segue revelando campeões e inspirando milhões de fãs.

O WSL Finals 2025 entrou para a história. Yago Dora não apenas venceu sua primeira final, mas também consolidou a supremacia brasileira na última década. Foi uma vitória de garra, estratégia e emoção — tudo o que o surfe mundial tem de melhor.

E fica a pergunta: se com 29 anos Yago já chegou ao topo, até onde ele pode ir? O futuro promete muitas outras celebrações com a bandeira verde e amarela tremulando no pódio.

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